Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Aqui fala-se principalmente em infertilidade, sentimentos, tratamentos, exames, enfim, tudo o que está nela englobado.
E lá se chegou o dia da confirmação da gravidez, iamos calmos, desertos de saber o que se passava aqui para dentro mas até com alguma esperança.
Tivemos à espera e quando ouvimos o nosso nome aí sim, senti o coração a sair-me do peito.
O Dr. Teixeira disse logo que não iamos esperar mais e que iamos então fazer a confirmação, e sim, era verdade, havia vida no meu útero 12mm de amor que nem parecia verdade, foi uma felicidade tremenda que aumentou ainda mais quando ouvimos o bater do coração. É inexplicável, fez-me mesmo cair lágrimas a uma velocidade estonteante. Ficamos muito felizes e mais uma vez recebemos os parabéns por parte do Dr. que também nos disse que era cedo, mas que estava tudo dentro do normal. Deu nos então luz verde para voltar a ser seguida pela minha G.O. habitual.
Saímos de sorriso no rosto, muito felizes e paramos naquele café à saída que já fazia parte das ídas à clínica. Lembro me perfeitamente que pedi uma sande com manteiga porque não podia comer fiambre por não ser imune à toxoplasmose. Comi metade, o resto não consegui, sentia-me "cheia".
Lá fomos felizes até casa, de mão na barriga e a tentar fugir dos buracos da estrada enquanto riamos disso, mal sabíamos que a infertilidade me tinha mudado de tal forma que eu ainda nem me tinha apercebido.
Decidimos não contar a ninguém até acharmos que já era altura e conseguimos consulta logo para as 9 semanas para começar a ter tudo apontado na G.O.
Foi rápido até esse dia e o nosso amorzinho já começava a ter forma, voltamos a ouvir o coração e lá tinhamos mais análises para fazer e a indicação que a próxima ecografia seria antes da 13ª semana, era uma eco muito importava que cruzava valores com a análise ao sangue.
Nesta consulta voltamos a falar de todos os cuidados que devia ter com a alimentação e não sendo imune ao CMV que deveria ter atenção redrobada principalmente ao estar com crianças.
Tudo me parecia muito normal e simples. Afinal não estava com muito contacto com crianças e em relação à alimentação só tinha de lavar muito bem as frutas e legumes, deixar de comer embutidos e comer a carne bem cozida, coisa que sempre fiz até agora, tudo fácil portanto, mas não foi assim que foi.
A/s próxima/s parte/s vai/vão ser sobre o que me mudou passar por tudo isto, a obsessão que criei em que nada do que eu fizesse pudesse prejudicar esta gravidez nem este bébé, que tanto tinha sido desejado. A cicatriz que a infertilidade me deixou.
Com o teste positivo aumentou a ansiedade, nas outras TEC também teria dado positivo nessa altura, mas fomos tentando aguentar até a análise.
Ao º dia, estava eu no trabalho e numa das idas ao wc reparo num sangramento. Fiquei em pânico. O que se estaria a passar, as outras não tiveram corrimento algum e deu bioquímico, esta provavelmente iria pelo mesmo caminho. Fui a correr pedir autorização para telefonar para a clínica ao que me foi autorizado (um dos patrões estava na loja e acabou por saber o que se estava a passar, dando me ânimo dizendo que das outras vezes não tinha tido nenhuma perda sanguínea e tinha corrido mal , talvez desta fosse correr bem).
Liguei e falei com o Dr. Cristiano, expliquei o teste positivo e ele mandou-me aumentar a dose de progeffik e aguardar com calma.
Tive essas perdas durante 2/3 dias em que após o aumento do progeffik ficaram muito fraquinhas, era género de um spotting até que chegou o grande dia.
Mais ansiedade, e mais espera, no centro de análises já sentia uns olhares de pena, mas isso era o menos.
Nesse dia entrava as 14h e pedi por favor para me mandarem o resultado antes. Não queria novamente receber o resultado no horário de trabalho e ter de pedir para sair. Perto das 13h lá recebi, deu 477, fiquei muito muito muito feliz. Os meus olhos irradiavam luz e os do marido igual. Sabíamos que isto era o começo, mas um belo começo. Lembrei-me das minhas perdas e apesar de já terem parado totalmente fiquei com receio do valor estar estagnado ou a baixar (nisto ficamos bi-polares, ora felizes, ora com medo, ora ansiosas, ...). Então quando liguei para a clinica recebi imediatamente os parabéns por parte da telefonista e mais uma espera até o Dr. Cristiano retornar a chamada.
Toca o telefone a lá informo o valor dado, ao que o Dr. mostrou-se muito contente e até comentou que "finalmente". Lá que disse o meu receio por causa das perdas e ele sugeriu que eu repetisse a análise passados 3 dias para ficar mais descansada.
Após uma rápida pesquisa pelo psicólogo/dr Google tinha na ideia que o valor teria de rondar os 1431, arredondei para os 1500 pois a maior parte do feedback obtido era subir mais o que metade e lá me foquei nesse valor. Análise feita e lá recebo o valor de 1137. Senti-me a ficar pequena, era quase certo que a gravidez não estava a evoluir. Nunca poderia dar tão baixo, quanto mais daria 1350. Liguei muito a medo e o Dr. tentou descansar me fazendo a conta simples de 400+400+400=1200, estava perto, por isso estava ótimo. Ele estava ótimista e combinamos a data para a primeira consulta. Eu não estava convencida, falei com uma amiga enfermeira que falou com uma amiga obstetra que fez tal e qual o raciocínio do Dr e mesmo assim algo me dizia que não estava bem. Após mais pesquisa lá encontrei uma calculadora que disse que o valor estaria a crescer dentro do normal. Lá aliviei um bocadinho.
Sintomas nada de mais, uma ligeira tensão mamária talvez devido à medicação e cerca de 1 semana depois a repetição de um teste de gravidez, deta vez com o resultado 3+ (tinha feito o cálculo e sabia que para estar tudo dentro do normal teria de dar isso.
Agora era mais uma espera até o dia da consulta...
Olá, meninas
Pensei várias vezes em voltar para falar de tudo o que se passou, algumas coisas foram faladas em comentários no último post feito, mas achei que deveria falar num novo post o que aconteceu na minha 3ª TEC e o que se sucedeu.
Para quem não soube, a 3ª Tec foi a tal. Recordo-me como se fosse hoje. Saí do trabalho antes de almoço (moro na zona centro) e seguimos direito ao Porto para mais uma tentativa.
Desta vez pedi à entidade empregadora apenas 5 dias, e não os 12 habituais. Foi numa época de mudança de gerência e juntei ao facto de ter como histórico 2as TEC com repouso absoluto que deram em gravidez bioquímica, logo não me pareceu ser relevante o tempo de repouso.
Chegamos lá e a ansiedade era cada vez menor. A esperança existia, mas era um sentimento estranho, pelo medo de mais uma desilusão. Esta Tec foi novamente indolor, mas teve algo diferente, conseguimos ver nítidamente um dos embriões (colocamos 2 novamente), até o apelidamos de astronauta pela forma como o observamos. Quem fez o procedimento foi o Dr. Teixeira e até falamos sobre livros do Tio Patinhas (conversa sobre os filhos dele).
Após o procedimento habitual lá fomos para a sala aguardar os minutinhos até termos autorização para fazer o xixi de alívio.
Uns minutos depois já estavamos a caminho de casa para mais uns dias calmos, a nível de movimentos, pois a nível de cabeça é muito díficil.
Ao 3º dia decidi sair de casa e fomos jantar até ao shopping, com a ideia de irmos de seguida ao cinema. Ficamos apenas pelo jantar, pois não sei se é só comigo ou se é pelo progeffik, parece que tenho sempre um peso extra no útero e sinceramente as cadeiras de cinema não iam ser confortáveis de todo.
Ao 5º dia lá voltei ao trabalho, munida de medicação e com o combinado de me ir sentando de vez em quando e não fazer os trabalhos mais pesados.
No 7º dia decidi ir pela lógica dos 5+7=12 (5 dias de embrião + 7 dias passados) e comprar um teste de gravidez com a aprovação do marido. Saí as 23h, tive desde a hora de jantar sem ir ao wc e quando cheguei a casa ainda me aguentei de maneira a estar 5h para ser mais fidedigno. A ansiedade era imensa, havia o risco de ser negativo por ser ou por ainda ser cedo, havia o risco do positivo que não desse em nada ou o positivo tanto desejado. Então lá fiz o teste e dei ao marido, enquanto fui engolir uma bolacha. Não aguentando a espera fui ao seu encontro e ele estava agarrado ao teste a dizer que ainda nada. (São uns minutos muito maiores que o normal) E eu ao dizer que tinha a certeza que já tinha passado o tempo ele diz-me com um ar super natural que o grávida já tinha aparecido, só estava há espera dos números. Só me apeteceu bater-lhe haha. Ficamos felizes, mas muito contidos, mais ainda, não sabiamos o que nos esperava, e lá apareceu o 1-2.
Olá meninas
Desde já peço imensa desculpa a todas pela minha ausência, tenho estado com trabalho até aos cabelos, nem em mudanças de loja tive tanto trabalho, e como calculam quando chegava acasa era para trabalhar também... Informo desde já que li todas as vossas mensagens de carinho.
Quanto a novidades, a menstruação chegou-me no dia 6 de Setembro, liguei para a clinica e tinha de começar o Estrofem 2 x por dia (12/12h) até ao 8º dia, a partir daí era 3 x ao dia (8/8h) e consulta marcada para dia 18.
Dia 18 lá fomos assinar o consentimento para a TEC e ver como estava o endométrio, que estava muito bom 10mm tripla camada, o Dr. Cristiano pediu para continuar o Estrofen e começar o Progeffik na meia noite daquele mesmo dia (8/8h), no 23 íriamos fazer a transferência ás 16h, ficou acordado fazer a transferência de 2 embriões.
Eis que chega o dia 23 e pela hora de almoço recebo um telefonema da bióloga a dizer que a TEC seria adiada para as 17h30m porque os embriões descongelados não estavam dentro dos parâmetros, então iriam descogelar mais. Fiquei um pouco ansiosa porque não saberia o que significava descongelar mais, se 2 se mais ainda.
17h chegamos à clínica e tivemos de aguardar até ás 18h até sermos chamados, e a ansiedade sempre a aumentar. Apareceu então a bióloga a dizer que tiveram de descogelar mais até encontrar 2 de qualidade, o que nos fez ficar com 4 congelados (se os 2 primeiros fossem bons teriamos 8). Lá fomos chamados e o procedimento foi bastante rápido, foi então que fui levada na maca para a sala para aguardar cerca de meia hora deitada, pelo caminho uma das que me empurrava a maca não reparou na porta e dei um valente encontrão que me fez ficar logo com o coração a 1000, mas nada havia a fazer. Durante essa meia hora fomos visitados pelo Dr. Teixeira que nos desejou a maiores felicidades e pelo Prof. Alberto Barros que disse que eram embriões muito bons, se bem que o outro também era e não deu em nada, disse então que desejava que desta vez fosse melhor e que até poderiam vir gémeos. Lá se passou a meia hora e pudemos então ir embora com a indicação de repouso até 2/3ª feira e depois vida calma.
Cheguei a casa aconteceu-me logo o mesmo que aquando da FIV, a bela da tosse, que acontece em tempos de ansiedade, desta vez não fiquei muito preocupada, tenho de me habituar a isto.
Bem até agora passaram apenas 3 dias, tenho a dizer que me sinto pessimista, tanto que hoje até foi um dia complicado aqui por casa, não resisti a uma discussão com o marido, coisa que antes de fazermos a TEC combinamos fazer de tudo para evitar, e tal não aconteceu. Estou muito triste e desanimada. Não tenho apetite e há algo que me faz perder um pouco a esperança, a falta de cólicas. Na FIV ao 3º dia já senti cólicas e o resultado deu positivo, até hoje não senti cólica alguma.
Há por aí alguma menina que me dê ânimo e diga que não sentiu cólicas e teve um resultado positivo?
Outra dúvida, como nesta altura tenho grande tendência em me constipar decidi andar bem (demasiado) agasalhada por casa e dormir bem tapadinha, então acontece que ontem de manhã quando acordei e fui colocar a cápsula de Progeffik notei que estava toda transpirada na parte de baixo e tinha o útero muito quente, claro que fui logo investigar a pelo que li o calor não é muito favorável aos embriões, tanto que é pedido para evitar banhos quentes, saunas e jacuzzi. Será que aquele calor prejudicou a possível a implantação deles?
Ai meninas isto é tão complicado, pensri que desta vez fosse mais fácil por já saber para o que ía, mas é mais díficil, o medo é maior, e o coração por mais que a mente esteja ocupada está sempre a bater muito depressa, tal só não aocntece quando estou a dormir.
Beijinhos a todas e obrigada por continuarem por aqui
Como foi pedido pela médica do público o marido já foi fazer o espermograma e eu as análises.
Uma das análises era à glicemia, ou seja, jejum de no mínimo 8h, tirar sangue, beber um "sumo" muito doce, aguentar 2h e ir tirar sangue novamente. Já tinha lido que havia quem vomitasse, eu viciada em doces pensei que seria facílimo, mas enganei-me, a enfermeira perguntou qual sabor queria, laranja ou limão e para mim era indiferente, gosto de tudo, fiquei então pelo sabor a laranja. Bebi a garrafa e fui para o pé do marido, sendo avisada que se me sentisse mal disposta ou vomitasse que teria de lá ir outro dia para repetir a análise.
Sentei-me e comecei a entreter-me no telemóvel, começo a sentir uma indisposição estranha, a sentir um género de tontura, olho para as horas e eram 8h15m (o sangue foi tirado ás 8h e tinha de aguentar até ás 10h), não me aguento e corro corredor fora até à casa de banho, que estava ocupada, então tive de vomitar mesmo no lavatório mais próximo.
Enfim, aguentei-me 15min com aquele líquido no estômago, também mais vale 15min do que 1h45 :)
Tenho então de repetir, mas farei essa análise na minha área de residência, fui falar com a enfermeira porque não compensa ir a Lisboa para poder acontecer o mesmo. De resto está tudo tratado em relação a análises e só me falta fazer a ecografia, que será marcada pelo hospital.
Ontem comecei a pílula para poder continuar o meu tratamento no privado, quando vier a menstruação terei de ligar para a clínica para saber qual a dose de estrofem indicada.
Bom fim de semana...
Eram 8h estavamos a chegar ao Hospital Santa Maria, tirámos a senha e fomos logo chamados para falar com uma enfermeira, onde demos a conhecer os pontos mais importantes do nosso percurso, medimos a tensão, fomos pesados e voltamos para a sala de espera para sermos chamados pela Dra.
Era meio dia quando fomos chamados, levamos todos os exames/análises feitos e voltamos a responder a algumas perguntas já habituais (tabaco, cirurgias, operações, menstruações, ...).
Feito isso fui fazer uma citologia no próprio gabinete, visto que a anterior tinha sido feita em Abril do ano passado.
A Dra. viu então todos os exames que tinha feito e quis saber todos os tratamentos que tinha feito e como tinham corrido, falei de tudo (ciclos de Dufine com Duphaston, ciclos de Letrozol com Ovitrelle/Decapeptyl e FIV, onde levei toda a informação inerente a este último tratamento) e com base nos exames que tinhamos foi feita uma ficha para ficarem com toda a informação. Como sabem já fiz muitos exames, estava então tudo muito completo excepto a análise à Rubéola, que nunca tinha feito. Em relação ao marido estava tudo completo e ele em relação ao espermograma tinha um de Maio, mas ali é obrigatório fazerem na mesma, independentemente de ter sido feito à pouco tempo.
Como fizemos FIV pergutaram-nos logo o porquê de termos ido a outra clínica, em que respondemos que foi pelo tempo de espera do público, então dissemos que decidimos arriscar enquanto esperávamos. Perguntou-nos também se não estaríamos a pensar fazer uma transferência visto ainda termos embiões congelados, ao que respondemos que sim, mas não saberíamos bem quando, devido aos custos e estando o marido desempregado. * (explicação no final)
Com base no que viu a Dra. disse-nos logo que ficaríamos inscritos para ICSI, e que o tempo de espera era de 1 ano e meio, durante este tempo iria fazer então a tal análise da Rubéola, repetir análises hormonais, colesterol, glucose e toxoplasmose, tem de ser feito em jejum e tem de ser entre o 3º e o 5º dia do ciclo e ainda teria de fazer uma ecografia para confirmar lá no hospital o tipo de ovários. Ficou então combinado que durante este tempo poderia fazer algum outro tratamento, ou seja, após o espermograma, que ficou marcado para dia 11 de Agosto, análises e ecografia feita tenho de marcar uma consulta para decidir o plano adequado à nossa situação.
Basicamente gostei muito da consulta, achei todo o pessoal muito simpático e atencioso com o facto de como ainda moramos a 120km tentarem marcar as análises, espermograma e ecografia no mesmo dia, para evitar muitas idas, se bem que não será possível, porque a ecografia será marcada pelo próprio hospital consoante a sua disponibilidade, apenas poderia tentar conciliar o espermograma com as análises, mas isso vai depender de quando me virá a menstruação.
*Esta conversa de não saber quando se fará a transferência foi feita quando íamos a caminho de Lisboa, lembrei-me logo que a pergunta de uma transferência iria surgir, então decidimos que dependendo de como seria o desenrrolar da consulta diríamos sem sombra de dúvida que a transferência estava planeada para Setembro ou se diriamos que não sabiamos ainda caso houvesse um tratamento "rápido" possível, visto que estando o marido desempregado à mais de um ano acaba por ser melhor podermos ter tratamentos comparticipados.
Agora minhas amigas é que fiquei com a cabeça ás voltas, porque como sabem a ideia é fazer a transferência, e com isto tudo não sei se consigo conciliar tudo, por exemplo tenho de fazer as tais análises ao 3º dia, mas tenho a pílula para tomar quando me vier a mentruação. Será que posso começar a pílula nesse dia? Tenho a sensação que sim. Depois logo se vê o que fica decidido, temos uns dias para isso.
Como tinha dito anteriormente inscrevi-me nas consultas de infertilidade no público em Maio de 2014, e fui chamada para a consulta para dia 8 de Julho deste ano, consulta essa que tive de adiar por coincidir com a consulta pós FIV na clínica Alberto Barros, ficando então marcada para 3 de Agosto, já tenho tudo preparado (exames, análises, tratamentos feitos) e estou com alguma curiosidade em relação ao que me vão dizer.
Esta semana decidi ir à médica de família porque andava a sentir alguma coisa na zona do pescoço/garganta e como na primeira análise que fiz à tiróide o valor vinha alterado estava com medo que algo se passasse por aqui, expliquei à médica o que sentia e que isso acontecia principalmente em momentos de ansiedade, o que pelos vistos é frequente acontecer, a ansiedade pode causar engasgamento. Fez-me apalpação e confirmou que realmente sentir um caroço, mas que podia ser da minha autonomia.
Fui então meio a medo fazer uma ecografia e na altura soube logo o resultado, graças a Deus está tudo bem. Menos uma preocupação.
Agora o que me "atormenta" mesmo é esta espera toda, está-me a fazer imensa confusão o facto de ter de adiar a transferência por causa das férias, é que como tenho mais tempo de espera faz com que me sinta mais e mais ansiosa, dou sempre por mim a pensar que o Setembro ainda está longe, a pensar como será, a pensar que primeiro ainda me tem de vir a menstruação e depois ainda tenho de fazer um ciclo de pílula, tudo isto parece ser numa eternidade, aprendi a esperar, e sei que se isto acontecesse com a L* de à 2 anos e meio atrás ia ser mais difícil ainda, é o bom que tiro daqui.
Tenho dias que estou bem e outros que me sinto pouco feliz, vejo as barrigas lindas por aí e fico só a pensar na sorte que elas têm e muitas não dão valor nenhum a isso, e isso deixa-me mais triste ainda, tenho de arranjar força e lutar com todo o meu ser...
Como combinado fui hoje fazer uma ecografia e falar com o Dr. sobre o que pode ter acontecido, estive um pouco em baixo e mesmo na sala de espera uma das recepcionistas me perguntou como estava porque tinha um ar um abatido.
Fomos chamados e pela opinião do Dr. foi que quando se faz um tratamento como a FIV há o problema dos ovários não responderem grande coisa, mesmo com doses mais elevadas de estimuladores, ou os ovários responderem demasiado, mesmo com doses baixas, que foi o meu caso, disse que tudo isso trás consequências e com os ovários a trabalharem daquela maneira posso ter tido um descontrole hormonal e que o terreno não estava muito bom, o embrião por mais perfeito que fosse se o terreno não estiver nas devidas condições não serve de nada. Disse também que em muitos casos como o meu não se faz transferência com os embiões a fresco mas que como eu tinha um bom número para congelar arriscaram e dentro do mau até correu bem, porque na verdade houve uma gravidez, não continuou, mas existiu. Fui então fazer a ecografia e tinah o endométrio pequeno e os ovários cheios de folículos, estando hoje no 9º dia do ciclo adivinha-se um longo ciclo.
Tivemos a falar sobre quando fazer a TEC - Transferência de Embriões Congelados e este ciclo ficou logo descartado, o próximo também porque o Dr. entra de férias e só regressa em finais de Agosto, não consegui evitar chorar, queremos sempre tudo para ontem e a espera já foi a que foi e agora ainda tem de ser mais e isso custa, o Dr. pediu imensas desculpas mas disse e com razão que também merece férias, ficou então combinado deixar este ciclo continuar, quando me vier a menstruação começo a tomar uma pílula e telefono para lá para me dizerem como devo tomar o Estrofem, depois um dia a combinar vou fazer uma ecografia e dependendo do endométrio logo se vê.
Agora é tentar relaxar, aproveitar o Verão e como com isto tudo acabei por perder 3 kg vou ver se os volto a ganhar (isto sou eu a tentar arranjar "desculpas" para ver se não fico tão triste)
Só hoje consegui aqui vir escrever este post, estava no trabalho quando fui ao mail e já tinha o resultado, acho que nunca fiquei tão nervosa ao abrir uma análise e eis que o valor baixou dos 23.5 para 4.9. O meu mundo ficou minúsculo naquele momento, só tive a reação de sair do trabalho para chorar à vontade, liguei logo para o marido a dar a má notícia e deixá-lo tão triste quanto eu, mas sempre a dar aquela palavra de ânimo, que se não foi desta será da próxima vez.
Tinha então de ligar para o Dr. Cristiano para dar o valor e quando falei com ele marcou-me apenas uma consulta para dia 8 onde faríamos uma eco e onde o Dr. daria a sua opinião sobre o que possa ter contecido, pediu também para suspender toda a medicação e com isso a mentruação apareceria, caso contrário teria de lhe ligar para me dizer o que fazer.
Hoje, na parte física, passados 3 dias estou muito inchada, pareço uma grávida de 3/4 meses e tenho o peito igualmete inchado e cheio de sensibilidade, nem consigo tocar, na parte psicológica, consegui aceitar o que aconteceu, chorei muito, custou e custa muito ter um positivo e de repente "tirarem-mo" mas aprendi a aceitar. A mãe natureza sabe o que faz, e por alguma razão este embrião teve este desfecho.
Recebi o mail com o resultado pouco depois das 16h e meia, chamei o marido porque queria que víssemos o resultado ao mesmo tempo. Tinha uma ideia que para ser negativo o valor seria inferior a 5mUI/mL e lembrava-me de ter lido que de 5 a 50 era inconclusivo, os valores mais habituais que vira seriam de +/- cento e muitos, nos casos de FIV/ICSI/IIU.
Veio a coragem e lá abrimos o anexo que ditava 23.5mUI/mL, nequele momento não houve alegria, não houve tristeza, não houve nada, apenas as perguntas, sim, não, será... Pelos valores de referência dizia que era positivo, os valores guiam-se por valores superiores a 10mUI/mL, tive meio minuto de alegria plena mas depois lembrei-me que não chegava sequer a 50, veio a tristeza e vi que o mesmo estava estampado na cara do marido. Liguei logo para a clinica para informar qual o valor e perguntei o que significava, a sra. que me atendeu disse que era positivo mas que era um valor baixo, ia deixar uma nota para o Dr. Cristiano me ligar ainda hoje. Não consegui perguntar mais nada, tentei ficar calma mas era complicado, a minha tarde resumiu-se a pesquisar sobre casos como o meu, e poucos foram os casos que encontrei com valores baixos, e dos que encontrei a grande maioria eram de gravidez bioquímica, gravidez não evolutiva e gravidez ectópica, foram mesmo poucos os casos de sucesso, e nesses casos nem sei quantos dias os embriões tinham quando foram transferidos, porque não me posso esquecer que o meu já tinha 5 dias e já tinha as células a sair da membrana, ainda por cima fiz o beta 1 dias depois do comum, visto que ontem foi domingo.
Ás 20h e pouco recebi o telefonema do Dr. a confirmar que o valor era positivo mas muito baixinho, tenho então de repetir o beta na 5ª feira e depois logo se vê, não contente perguntei se era habitual, ao que respondeu que era um valor mais baixo daquilo que costuma ser, fui-me abaixo e nem sei bem o que pensar. Se estes 13 dias foram de uma espera complicada imaginos agora estes 3. Qeuro ter FÉ acima de tudo e acreditar que o meu bebé vai ser forte e lutar por nós, preciso que o valor seja maior que o triplo na 5ª feira, vou rezar por isso.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.